"É como a internet, ou a televisão. Não existe qualquer centro, existem apenas triliões de pedacinhos de ruído recreativo. Nunca podemos sentar-nos e ter qualquer tipo de conversa prolongada, é tudo apenas lixo barato e desenvolvimento de merda. Todas as coisas verdadeiras, autênticas e honestas estão a morrer. Intelectual e culturalmente, andamos a saltitar como bolas de bilhar aleatórias, reagindo ao último estímulo aleatório"
*Arrancado do Liberdade, de Jonathan Franzen, que só estou a ler, porque a Melissa fez o favor de atirar um exemplar no meu colo.
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 2 semanas
13 comentários:
Ai, Ai, Ai, Ai! Que agora é que fiquei mesmo com o "nérvu"!!!! A Melissa "obrigou-te" a ler o livro? Ai, Deus, que é porque ela gostou mesmo... E a Melissa tem bom gosto, sim senhora!Bem, resta-me esperar que não tenha influenciado a tua leitura com o meu comentário ao livro. Mas, enfim, foi somente isso; um comentário de uma naba ignorante que não se conseguiu apaixonar perdidamente pelo Frazen. Como te disse, gostei; mas não me apaixonei perdidamente. Quando acabares, conta-me tudo! Queres ver que se me escapou ali qualquer coisinha...? Boas leituras! Patrícia B. Tomé
Querida Patrícia, NADA DISSO!
A Melissa emprestou-me o livro, sob grandes recomendações de excelência do dito.
Sinceramente, não posso dizer que não estou a gostar, até porque tem partes muito boas, mas também não posso dizer que estou a adorar e, como já vou a meio, acho que o sentimento se irá manter :)
No entanto, tem tiradas, tal como esta que pus aqui, na mouche.
Gostos não se discutem mesmo. Há livros universalmente tidos como excelentes, que nunca me fizeram tremer de emoção literária :)
É um livro de personagem, julgo eu, não é um "livro de história" - faz sentido? Aqui, a ordem é mesmo chafurdar naquelas alminhas até às entranhas. Quase todo mundo acha que sabe fazer isso, mas o Franzen realmente sabe.
Este livro fez-me - faz-me, porque ando a ler aos bocados - suspirar em certas imagens e a ironia é finíssima. Quantas vezes me perguntei "ei! Isso é para mim?" e, mais ainda: "pá, eu achava que isso fosse BOM". É um compêndio de costumes dos nossos dias.
Apaixonei-me perdidamente, mas sem qualquer tipo de compulsão. Não tenho pressa, quero lê-lo devagar. Digamos que seja, vá, a torta de suspiro dos Bolos da Marta que provei este fim de semana contra uma lata de leite condensado normal :)
"E a Melissa tem bom gosto, sim senhora!" - HAJA ALGUÉM QUE RECONHEÇA! Vou mostrar isto ao meu marido, Patrícia.
Melissa, eu senti isso apenas numa parte do livro, provavelmente a mesma parte que te fez perguntar: Ei, isso é para mim ;)
Depois não voltei mais a sentir, mas ainda vou a pouco mais do meio.
Tem picos bons e depois esmorece...
Mas não produz nada de linear em mim :)
Concordo que é um livro de personagem e, sem entrar em spoilers, personagem que cresce, muda com a vida. Brilhantemente escrito e que se não nos dá um pontapé nos tintins para nos obrigar a pensar na própria vida, é porque andamos um bocado distraídos. Ou então sou só eu que não sou "bem resolvida"...
gralha, também você sentiu um pontapé nos tintins naquela certa e determinada parte, que a fez perguntar: Ei, isso é para mim? :)
Os meus tintins nunca mais voltaram a ser os mesmos depois deste livro, Cê. Mas se calhar era só eu que estava a precisar de parar para pensar na vida, naquela altura.
Vocês são umas chatas. Ainda agora comecei a ler Zafon, já tenho o Folet na lista e agora o Franzen... olhem que estou a voltar aos poucos a isto da leitura... que, aliás, como bem devem ter notada, me tem travado de vir mais amiude a estas bandas...
Ai jesus, que Zafon é algo do outro mundo.
Reparem que o ultimo livro que li inteiro foi em 2006, um livro da Gralha que lhe devolvi o ano passado, sim, 6 anos depois, glup!
Tanto falaram no Zafon que, como diz a Melissa, Zafonei... mas de tal forma, senhoras... pareço uma agarradinha... qualquer meio minuto e vai uma dose...
Nunca li ninguém assim... ou então é porque andava faltadinha e me parece a ultima maravilha deste mundo. Como é que alguém escreve assim?...
posto isto, e ligando a este tema, o Fermín da Sombra do Vento disse algo deste género com o advento da televisão... Será que ficamos mesmo umas massas podres e despersonalizadas, uns sem alma?...
Continuo a achar que depende muito do que, e de quanto se consome.
ouvirdizer, o zafon foi o homem certo para voltares a perder os três :)
(Gralha, ainda nem vou a meio e o Freedom também já me abananou - e me insultou, até - bastante).
ouvirdizer, Zafón é a última maravilha do mundo e vou casar com ele. Teremos muitos filhos.
Enviar um comentário