De todas as categorias de momentos que vivi, as que revejo com a frequência das saudades boas são estas.
De todas as coisas construtivas que podemos fazer por nós, viajar ocupa certamente o pódio, lado a lado com o amarmos alguém de verdade.
Podermos abrir álbuns, ou pastas no computador, com o nome dos destinos que conhecemos, sozinhos, com amigos, com um grande amor, é das sensações mais plenas que orgulhosamente possuímos.
Revisito-as quando me sinto mais perdida na rotina e na minha vila com tamanho de cidade, revejo-as com aquela certeza de que um dia voltarei a elas e passarei por aquelas ruas, entrarei naqueles cafés, contemplarei as certezas dos outros de outras línguas e costumes, provarei dos seus sabores.
Viajar é, sem qualquer sombra de dúvida, um vício, uma angústia por não fazê-las, às viagens, tanto quanto gostaria. Viajar é alegria, encantamento, vontade de regresso.
Viajar é partir para valorizar o que se tem, ou para colocar tudo sob uma perspectiva tão mais ampla do que as fronteiras do nosso país.
Viajar é vida e morro de saudades de me sentir assim, viajante de mim mesma, noutra cidade qualquer.
Morro de saudades de partir.
3 comentários:
Podes crer!
Há uns meses revi as fotos da ida a Barcelona e se não fosse a minha cara chapada nas fotos, pensaria que não tinha sido eu... já foi há tanto tempo!
A mim é o que me move. Quando os dias, as rotinas e os cansaços se tornam demasiado pesados penso na última viagem, ou na próxima, e é a melhor terapia.
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