Decidi puxar para aqui um post antigo em que conto a minha história de amor e inventar um novo desafio no qual falarei no final...
Porque não falar da nossa história? Porque não deixar escrito em algum lugar como é que conheci o teu pai?
Acreditas mesmo se te disser que nos conhecemos quando eu tinha 13 anos?
Quando penso no assunto, nem eu mesma acredito que nos conhecemos já há 20 anos!
Não, não foi um namoro daqueles que nunca mais acaba, simplesmente, éramos grandes amigos, os nossos prédios em Lisboa era colados um no outro e nós assim ficámos também.
O teu pai tinha uma frase que, mesmo depois de nos separarmos pela distância, ficou para sempre gravada na minha memória. Entre as gargalhadas com que polvilhava cada piada descarada, enfiava o que ficou conhecida como a sua frase clássica: Just Kiding. Podia dizer as maiores barbaridades, que logo de seguida se desculpava com estas duas palavras em inglês.
Não havia quem não ficasse contagiado com o seu bom humor e por esse motivo, um grupo de pessoas parecia sempre levitar à sua volta.
Aos 16 anos mudei-me para Cascais e fomos perdendo o contacto. Nunca, mas mesmo nunca esqueci o Just Kiding e muitas vezes dava por mim a dizer essa frase em voz alta, como se ao dizê-la os meus tempos loucos de Lisboa voltassem nesse mesmo instante e juntamente com eles, o teu pai e o nosso grupo de amigos.
Já menina bem comportada e estudante de Direito, há uma tarde em que decido faltar a uma aula e ir matar saudades com a D. para a Av. de Roma. Foi um impulso, completamente fora do normal, que nos levou ao baldanço culpabilizado. Mas lá fomos e, sentadas na esplanada da Gelataria Roma, vimos passar o teu tio Filipe, irmão do teu pai.
Não queria acreditar, chamei-o e foi como se o tempo não tivesse passado. Senti que por muito tempo que passasse, havia cumplicidades que teimavam em não se perder. Trocámos números de telefone.
Passado um tempo o teu pai mandou-me uma mensagem.
Não conhecia o número, perguntei quem era. A resposta foi simples e esclarecedora: Se te disser Just Kiding, lembras-te?
Daí para a frente uma amizade antiga transformou-se num novo amor e eu, que estava sozinha há tanto tempo, acreditei que tinha ficado assim na mais completa secura, só para poder valorizar um grande amor quando ele surgisse.
Não foi fácil entrar na vida do teu pai. Ele tinha saído magoado de uma relação e não se entregava com essa facilidade toda. Mas a amizade que tínhamos serviu para não nos deixarmos fugir um do outro.
Se algum dia te vierem com a história de que não existe essa coisa do destino. Lembra-te de mim e do teu pai. Conhecemo-nos em miúdos, separámo-nos jovens, reencontrámo-nos diferentes e tivemos-te a ti como prova de que tínhamos mesmo que acontecer.
Partilhada a minha história e como a vida é feita de encontros, desencontros, tentativas falhadas, sucedidas. Gostava muito que partilhassem a vossa história de amor. Mesmo que não tenha resultado, mesmo que vos tenha magoado, falem sobre ela, pois recordarmos é uma forma de nos mantermos vivos. Digam-nos como é que conheceram o vosso/a companheiro/a. O que pode parecer uma história banal, quando contada assume sempre um tom mais fundo e reacende uma luz bem dentro de nós. Eu vou desafiar algumas pessoas, mas sintam-se livres para escreverem com, ou sem desafio:
Socas, pois morro de curiosidade.
Ana., pois tenho a certeza de que vou gostar.
Miguel C., pois ele já deu provas de saber escrever sobre o amor.
Tasha, pois sei que me vou comover.
joaníssima, pois escreve bem sobre tudo e tem tanto de acutilante como de doce.
Melissa não penses que escapas, já me tinhas prometido a tua história há tempo demais...
Mariinha, pois quero muito ouvir a história de quem já está casada há tanto tempo...
JS, porque adoro quando ela fala acerca do coração.
Rainha Mãe, pois sinto que há ali amor de verdade :)
Grandes diálogos: O Apartamento
Há 1 mês
44 comentários:
Ui, mulher... Que grande carga de trabalhos (tou fodida...)
Adorei (re)ouvir a tua história. É uma história maravilhosa.
Logo à noite escrevo-te sobre nós.
(tem que ser nos nerbos??)
Joníssima filha, sem fodimentos. Morro por ouvir a tua história escrita por ti. E é claro que tem que ser nos nervos que é para o resto do pessoal ter o privilégio de te ouvir falar com o coração.
Belo desafio, sim senhora!!!
Mas, acreditas se eu te disser que quem segue o meu blog já sabe uma parte dessa história??
Pois é....
Miguel uma coisa é ir apanhando pedaços da vossa história, outra completamente diferente é lê-la como um todo, do princípio ao fim, escrita por um dos protagonistas. Fico à espera, mas sei que vou gostar de te ler.
(agora estou aqui em fernicoques, pá!!!!!!! és ruim!!!!!!!!!!!!)
Ana... uma parte dessa história já está contada num dos meus textos mais antigos!!! Não digo é que é a MINHA história com a M...
Gostei de saber, eu que me pelo por histórias de amor :-)
A dos meus pais também é gira. E eu também já tive uma muito bonita, embora pouco... "ortodoxa" (?) :-)
Joaníssima ah ah ah ah ah adoro ver-te assim c'os nervos
Miguel temos que ver isso
Precis por favor partilha connosco. Adoraria ler tanto a tua pouco ortodoxa como a dos teus pais!!!
Não perdes pela demora.... Este é desafio mais desafiante a que alguma vez respondi!
(cabra!!)
ahahahahahahah
Ai marota! Agora é que me tramaste!
Vou tentar! :-)
Joaníssima sua cabra, tomo isso como um elogio :)
Socas não demores muito, como disse, tenho muita curiosidade mesmo :)
Notinha de rodapé, a minha querida história também merece ser comentada... Não fiquem tão chocados com o desafio que se esqueçam de comentar filhos.
já tá, escrita com berreiro como pano de fundo. deve estar cheio de erros!
Melissa tu és um flash. Já escreveste com berreiro e tudo? Uma verdadeira profissional :)
Acredito que o amor assente numa bela amizade é o mais duradouro. Bonita história de amor a tua.
Obrigado pelo desafio. Não prometo que seja para já (estou cheia de trabalho e completamente stressada até á Páscoa) mas não deixo de escrever a minha história. Este sim é um verdadeiro desafio.
A vida é feitas de encontros e desencontros. Destino? Não acredito no destino, apenas que a vontade de duas pessoas pode mover o mundo!
A menina Ana C, tinha que nos arranjar um caldinho... É mesmo dela. Pois antes de mais só agora 18,30 é que deu para ler o teu post. Gostei da tua história, é muito giro terem sido amigos, perderem-se e reencontrarem-se e acabar em casamento. Tenho uma grande amiga que lhe aconteceu tal qual como tu. Eram colegas de turma. Quero também agradecer o prémio que me ofereceste. Agora quanto à minha história de amor, escreverei, aceito o teu desafio mas não pode ser hoje. Vou tratar de arrumar a questão dos prémios primeiro. Muitos beijinhos, malandra.
Rainha Mãe eu ainda não sei qual é a fórmula mágica de longa duração, mas a amizade é um dos ingredientes fundamentais sim. Fico à espera da tua história...
Miguel é uma questão de nomes. Força de vontades, encontros e desencontros, o que lhe quiseres chamar. Mas que há situações do caraças que às vezes nos transcendem há sim senhor. Como é que eu Anita decido levantar-me da secretária e puxo uma amiga pelo braço quando o professor acaba de entrar ( numa Cadeira a que nunca me baldava) e me dirijo a uma gelataria onde não ia sei lá há quantos anos só para encontrar o meu futuro cunhado? Força de vontade? Talvez, mas neste caso faço questão de acreditar que foi o destino :) É muito mais romântico.
Mariinha caldinhos é comigo. Não tenhas pressa, quando estiveres com mais tempo e mais inspirada, força :)
Tão linda a tua história :) tão simples e tão bonita :)
Adorei a tua história de amor :)
Eu também acredito no destino e que tudo acontece por alguma razão. Bjs*
Adorei o desafio! Mas vou ter de aguardar para o responder...
Só escrevo sobre o amor com o coração cheio ou vazio. A meio termo não sai nada.
Eu, pelos vistos, não preciso de sentimentos para nada. Consigo escrever com um bebé aos berros ao lado!
Acho que estou pronta para "outra".
As tuas histórias fazem me sonhar!!Deve ser da idade:)
Um beijooooooo
A vossa história é girissima, é impressionante a forma como o destino fez com que um esperasse pelo outro :)
Ana, sou uma leitora recente mas atenta do seu blog, aceito e seu desafio e aqui deixo o caminho para a minha história de amor ...
http://xanucabazaruca.blogspot.com/2007/02/coincidncias-e-ambies-literrias.html
Isto nem parece Pascoa.
Engraçado o desafio! Lololol
Beijinhos
Kitty às vezes quanto mais simples melhor :)
ML eu também acho que não há coincidências ;)
JS entendo-te e aguardo que o teu coração fique a abarrotar de amor, porque vazio não :)
*Eu também sou como tu...
Melissa tu és uma pedra com olhos Ah Ah Ah
izzie mas qual idade?????
chacomel antes demais as boas vindas para ti!!!
E depois há situações que me levam mesmo a acreditar que nada acontece por acaso...
Xanuca muito bem vinda. Acredita que vou espreitar a tua história. Sou louca por uma história de amor verdadeira :)
Hugo tu és desconcertante... Cada história cada ovo da Páscoa.
Pedro a minha cabeça tem jeito para esta cena dos desafios. Muito mais giro este do que aquele da página 161 5ªfrase completa. Sou mesmo um espectaculo, Ah e modesta também ;)
Pois é Ana C., a vida é cheia de estranhas coincidências, e esta é mesmo a minha história deste meu amor com o Luís, o meu marido "normal".
As "inventadas", que tambem gosto de escrever, estão nos imperfeitosamores@blogspot.com
A minha idade! idade de sonhos
Olá Ana.
Sou jornalista de um programa de televisão onde falamos, precisamente, de bonitas histórias de amor como a sua, que me encantou ao lê-la.
Estaria interessada em falarmos um pouco melhor sobre a eventualidade de vir com o seu companheiro a um programa nosso?
Nesse caso, pedia que me contactasse para o e-mail ritallouro@gmail.com.
Os melhores cumprimentos
Rita Louro
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